Obama implementa em seu site funcionalidades para pessoas com deficiências

Iniciativa visa oferecer acessibilidade às pessoas com deficiências auditivas e visuais

Com foco na acessibilidade, o projeto Objetos de Aprendizagem para Matemática (Obama), iniciativa do Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN), vem desenvolvendo uma série de atualizações em sua plataforma visando a sua utilização por pessoas com deficiências auditivas e visuais.

 

Desenvolvidas pelo grupo de trabalho Componente de Acessibilidade e Responsividade da Plataforma Obama (Obama-Care), as novas funcionalidades começaram a ser implantadas ainda no ano passado, e envolvem, por exemplo, intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Libras) e melhorias na interface visual, como o contraste de cores e inserção de podcasts às pessoas com baixa visão ou deficiências visuais.

 

De acordo com a coordenadora do Obama-Care, a professora Flávia Roldan, o objetivo do grupo de trabalho é tornar a “plataforma totalmente acessível às pessoas com deficiência”, afirma.

 

Para isso, o desenvolvimento das melhorias se divide em duas fases: a primeira voltada para implementação de intérprete de Libras (já finalizada) e a segunda destinada à viabilização do uso da plataforma por pessoas com deficiências visuais, bem como o aprimoramento das funções implementadas na primeira fase.

 

A plataforma já está acessível a usuários surdos. O próximo passo será torná-la ainda mais acessível a esse público e outros públicos também. Precisamos inserir, por exemplo, a opção de contraste de cores, para pessoas com baixa visão, e podcasts para usuários cegos. Esperamos terminar todas essas funcionalidades daqui a um ano”, destaca a coordenadora.

 

Educação especial

 

A ideia de implementar tais funcionalidades surgiu, conforme explica a professora, de uma necessidade apresentada pelos próprios usuários da plataforma, muitos dos quais são alunos dos cursos de licenciaturas, incluindo graduação em Letras Libras, e professores.

 

Algumas disciplinas de estágio desses cursos usam o Obama como recurso para aulas de matemática e para Atendimento Educacional Especializado (AEE). A partir desse contato com a educação básica e com professores do AEE, surgiu a necessidade da Plataforma ser acessível ao público-alvo da educação especial” explica Flávia Roldan.

 

Além da professora, fazem parte do Obama-Care servidores e professores da Universidade, como os do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA), bem como alunos de graduação em Pedagogia e do Bacharelado em Tecnologia da Informação (BTI), além de discentes de pós-graduação do IMD e do Centro de Educação (CE).

 

Além do trabalho em acessibilidade da plataforma, o Obama-Care também vem pesquisando e desenvolvendo outros projetos como, por exemplo, a construção de um aplicativo que avalia a acessibilidade digital da plataforma.

 

Obama

 

O Obama funciona como projeto interdisciplinar do IMD, aberto a receber estudantes de qualquer área do conhecimento, e atualmente envolve mais de 20 alunos de graduação dos cursos de Pedagogia e do Bacharelado em Tecnologia da Informação (BTI), bem como discentes de pós-graduação e professores da Educação Básica.

A plataforma estruturada pelo Projeto funciona como um repositório de Objetos de Aprendizagem (OAs), principalmente jogos digitais, que têm por objetivo auxiliar o professor no ensino da Matemática.

 

Pensada para atuar em qualquer contexto – seja no setor público ou privado – a plataforma oferece acesso gratuito, reunindo mais de 500 objetos de aprendizagem e mais de mil usuários ativos.